25-07-2010

Antes do relato abaixo desejamos registrar o nosso agradecimento aos moradores de Laranja da Terra que tão bem nos acolheram:


Ao Prefeito Sr. Joadir Marques


A Família Pagung, Sr. Cláudio e D. Iraci (e o loro é claro)

Ao nosso amigo Carlinhos Jarske


Nossos "Anjos da Guarda" do 2° dia.
Patrik ao centro e seus amigos.

 

Relato..... do amigo E. Siqueira

2º Dia

Nesse dia o percurso era igual pra todo mundo e Adolfo “minha nega” tava com um papo de “Vingança” de um sábado aí. Fiquei sabendo que pra pedalar muito ele apelou no dia anterior para massagens com cremes e óleos recuperadores. Detalhe foi que a massagem foi aplicada pelo Reginaldo “Alemão” é mole!!! Sei não???!!!

De dia rasgou a cueca na faca pra preservar a rosca e de noite o Lemão passando as mãos no lombo dele...

Dada a largada o pelotão era bem maior que no dia anterior, mas tive a nítida impressão que os ponteiros mutantes estavam meio que se estudando, pois no dia anterior o trem tava mais arrochado. Aí vi a galera do Tilha Capixaba ali no Bolo: Adolfo, Beto, Solimar, Manoel e até o “come-come” com sua bolsa de selim de Itu que ele deve levar uma marmita dentro. O Solimar tava forçando passagem sobre os mutantes numa das primeiras subidas leves tipo tobogã. Eu pensei que porra é essa!!??

Essa galera ta cutucando as onças com vara curta e vão tomar na cabeça. Faz isso não mano deixa o pelote andar mais manso. Numa descida eu tive de recolher um pouco pois tava um muvucão descendo forte e ficou até meio arriscado embolar quidom ali, tinha uns vinte bikers, mas fiquei no conjunto, veio uma subida mais íngreme e aí o pelotão esticou, eu dei o pulo do gato e colei nos mutantes e vi a galera formando tipo um segundo pelotão.

Outra descida rápida e outra subida mais longa onde então permanecemos os mesmos nove do dia anterior. Passamos o primeiro PC e entramos no primeiro trecho de asfalto com + ou – uns 2 kms.

Aqui a cobra fumou galera, parecia corrida de speed, o trem acelerou a 45km fácil e logo entramos a esquerda novamente na estrada de terra, eu tava na rabeta só na sombra quietinho.

Passamos uma subida rápida na boa. Uma descidinha filé e veio um bom trecho de plano com curvas longas e umas propriedades, cerquinhas e etc. Uma tomada à direita e entramos num sítio que terminou numa subida curta mas sinistra, a inclinação era tensa.

Pela primeira vez vi os caras nas coroinhas e eu na cola, mas o pneu começou a patinar...PQP...tive de empurrar, mas empurrei correndo pra não perder o pelote. Na descida aproximei e grudei de novo mas tinha a nítida impressão que um dos pulmões ficou pra traz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Os caras respirando na boa e eu ofegando com a língua quase encostando no toptube. Má notícia!!!!!!!!!!!!

Fui capengando e forçando só pra ficar com os caras pois andar com o polotão de frente é muito show mesmo. É pura adrenalina. Mas no Km 23 a consciência bateu “vai mané, se lasca, a câimbra chega já...”. Então eu sosseguei na subida que antecedeu o segundo trecho de asfalto. Quer saber deixa ir. Hoje não quero sofrer as câimbras de ontem não. Tome balinha na garganta, gel, dessa vez nos pacotes originais, mel de abelha com aminoacidplus tabajara e água.

No asfalto acelerei um pouco e vi os caras ainda, mas não forcei, quer saber vou defender a posição. Nisso pedalei só um tempão. Ritmo bom mais sem forçar, confortável até. Tava numa descida meio acidentada e lá vem um monte de vacas com um cara nem cima de um cavalo tocando a boiada. Freio forte e tive de parar pô. A anta que tangia as vacas tocou os bichos pro meu lado mano. É mole... Começou um trecho alternado de subidas e descidas não muito severas. De repente numa destas descidas vem o Farinha e passa igual uma bala. Ah quer saber hoje não vou cair nessa de ficar passo me passa, passo me passa não. Deixei-o ir e fui no meu próprio ritmo. E não é que passei ele umas duas vezes, mas sem forçar demais. A câimbra deu as caras no Km 49 diminuí mas sem parar. No Km 52 o Qtay parou de funcionar. Aí a estratégia foi pro espaço. Farinha me passou de novo numa descida e não o vi mais. Comecei a cansar e a temer as câimbras do dia anterior então só fiz pedalar mantendo o ritmo no plano, subindo sem forçar e descendo sem cair.

Cheguei cansado mais bem melhor que no dia anterior com o tempo de 3 horas 57 minutos e 55 segundos.

Fui direto tomar um banho e comer, depois vieram geladas e a confraternização com a galera, um segundo almoço caprichado e mais geladas e confraternização com a galera.

 

Resultado: Pedalei muito. No primeiro dia fui além do meu limite pois acho que me alimentei mal, doeu!. No segundo dia forcei menos, mas cheguei melhor. Tomei umas geladas e ri muito com as presepadas do Adolfo, Renatim e demais.

No final ainda ganhei R$ 200,00 de prêmio pra fazer uma coisa que eu adoro, é mole....

Ano que vem to dentro mais uma vez, e a nova meta é completar em no máximo 9horas...Sem deixar o Adolfo chegar primeiro e tomar mais cerveja que dessa vez...

Siqueira

 

 



AMDG
"Ad maiorem dei gloriam!
inque hominum salutem"