Ao Prefeito Sr. Joadir Marques

Logo no congresso técnico o Thiago-Organizador informou que a categoria Sport não iria passar pelo Cafezal e nem por Alto Taquaral (ufa!) essas duas subidas me mataram ano passado..... me fizeram “bater o sino” e desistir da prova do 1° dia.
Opa! Imaginei que seria “moleza” , mas não foi muito bem assim não, basta olhar ao lado a altimetria da 1ª subida do dia.          >>>>>

Estratégia do dia: Parar a cada 30 minutos, e comer mariola, ou chocolate, ou barra cereal e a cada 1:30 hora uma "balinha mágica". (não é doping ou droga... é um composto de muitos sais e sabor uva de SAL, é isso mesmo, pegue umas uvas tempere com bastante sal..... o gosto é +- por ae! )

Tô subindo e passa a ambulância, vai ficar atrás de mim claro, pois era o último, .....que nada, carregava um “atleta” que não estava passando bem (pensei: já!!!!), e tô subindo.

Chegando no alto, uma visão sensacional .... dava para avistar a Pedra da Laginha, os 3 Pontões (não confundir com o 5 Pontões), e um vale muito bonito! (foto abaixo)

Parei para a seção de fotos, marcação no GPS... lá estava também o amigo Carlinhos - Secretário da Prefeitura e o pessoal do apoio com água, frutas...

Depois da subida entramos numa estrada de fazenda em descida, depois a estrada principal e até Vila de Laranja da Terra foi um..... paraíso!!

De Alcino pegamos a 3ª subida do dia, passamos por Sta. Luzia, um povoado cujo habitantes são descendentes de escravos e sobe que sobe ...

Depois de Sta. Luzia passou novamente o Siqueira, agora como eu estava no pedal, ele reduziu o ritmo, trocamos uns incentios e ele acelerou novamente. Passado uns kms tava o Siqueira parado com as pernas travadas de cãibras, parei para dar uma força e também umas balinhas, pois as dele haviam acabado. Siqueira recuperado acelerou novamente.

Acabou a subida depois de Sta. Luzia e tivemos um "refresco" de uns 4 km para fazer a preparação da subida dos 5 Pontões.

Antes da subida o Zé Barros passou uma mensagem urgente, e que tinha que ser respondida através de torpedos (parei atrás de uma pedrona que serviu de banheiro mesmo).

Bem pessoal, chegamos na subida dos 5 Pontões, quase 08 km, na sombra!, alguns trechos molhados, muita empurroterapia de minha parte, nesse trecho passou por mim o Solimar, o Silvaní e a Raquel, todos da Pro.

E após muito esforço cheguei no fim da subida.

No alto encontrei o Sérgio, a Elisângela e o Eraldo (como eu da Sport).

O Eraldo tava sofrendo também de cãibras, mas como já estava sem balinhas, não pude ajudá-lo.

Gente o visual lá de cima é de tirar o fôlego! (foto abaixo)

Obaaaa, escalei os 5 Pontões, agora é só "despencar" morro abaixo!!!!

Tava muito enganado, descer aquela ladeira de quase 4 km numa inclinação "ferrada" é phoda!!!

Amigo visitante, eu descia e pensava, como um ciclista desce isso aqui sem freio a disco hidráulico???
Como um ciclista desce isso aqui com pneu quase liso (de competição)??

Ou eu sou um péssimo ciclista ou to muito pesado, pois o freio foi exigido no limite, pra completar uma porteira fechada!! ........Guenta ae freio!!

Parei!!

Um cheiro de coisa queimada tomou o ar, cuspi no disco de freio(rotor) e a saliva evaporou que nem tivesse encostado na chapa quente de um fogão a lenha!!

Passei a porteira, tome descida até um posto de apoio, marcado ao lado (waypoint 013), ae pensei, a ladeira acabou!

Cabou que nada, entramos numa estrade de fazenda e tome desida inclinada, mas agora com a estrada em piores condições, ... gente os freios foram além do limite e o trazeiro começou a fazer um barulho muito estranho, mas não tinha como parar, se pára ... capotava e vamo embora!!

O restante do trajeto até o retorno para Laranja da Terra foi tranquilo, uma subidinha aqui, uma descidinha alí e finalizei o pedal com os dois objetivos alcançados - completar e mapear .... BLZ!!!

Que venha o 2° Dia do Survivor - Mole são só 50 Km e um morrinho!!!!!
como estava enganado!!!
continua.....

Abraços e Bons Pedais!!
Marcelo R.J.

Relato..... do companheiro Adolfo G.M.

Galera tudo de bom mesmo o tal de Laranja da Terra, cada dia que passa fico mais agradecido de morar no Es, esse estado realmente é abençoado por Deus.
Sugiro a todos de modo geral que gostem de pedalar que no próximo ano façam um pequeno esforço para voltar a Laranja da Terra e participar do Survivor, mesmo que a intenção não seja subir no podium, mais apreciar mais um belo município do Estado, rir bastante com os amigos, passar momentos agradáveis e deixar de lado um pouco da Babilônia de pedra em que vivemos.

O Survivor, ou melhor, o Susu, como iremos tratá-lo daqui pra frente, pois já fiquei intimo da competição, (que coisa mais gay), mas é a assim que o Cearense chama a competição; teve de tudo esse ano, tem aquela galera que foi pra curtir a natureza conhecer novas paisagens, outros caminhos para curtir o bom e velho prazer de pedalar, teve também os aficionados pelo MTB, os apaixonados pelas Bikes, os que só queriam passear, outros só queriam descansar e os que como eu não queriam porra nenhuma mesmo.

No primeiro dia de prova, logo apareceram os tarados e suas estratégias, Siqueira Véio de Guerra, com a altimetria da prova em tamanho reduzido plastificado escondido na bermuda, cheio das estratégias, aqui eu acelero, lá eu tomo não sei quantos ml de água, aqui eu pulo, depois freio aqui, vou na roda de fulano até acolá, depois acelero no morro, e coisa e tal, uns malucos que pedalam pra caramba também montando suas estratégias e coisa e tal.

Pois bem; lá estava eu bolando meu objetivo principal que era "A Vingança do Último Sábado", na minha cabeça só passava aquele trailer, Eu ainda sei o que vocês fizeram no Sábado passado...., como não tinha condições mesmo de pegar o Siqueira, que ainda vai ter a sua vez, pode ter certeza, foquei na roda do Solimar, é nessa aí que eu vou.
(Para quem deseja conhecer a história e motivo da "vingança" clique aqui).

Logo na palestra conversando com o Tiago Mol fiquei sabendo que o percurso de Domingo seria o mesmo para Pró e Sport, pensei, pronto é agora, no Domingo a rodinha do Solimar não me escapa.

Fomos nós pra largada do primeiro dia, a Elite saiu levantando poeira, e eu na cola dos caras na saída da cidade, coroão eixo e poeira pra cima, na primeira curva uns 200m depois tava só eu, não via nem poeira dos caras.

Esperei meu companheiro Adriano Stocco e seguimos rumo aos cincos pontões no ritmo mais leve do mundo, só contemplando a beleza do lugar.

Fomos pra dentro de uma valeta, que tinha um adorno muito bonito de "arranha gato", vocês conhecem? Pensa na situação, o Beto daquele tamanho todo sumiu dentro da valeta, as rodas da bikes pro alto, perna pra um lado, corpo pra outro, aquela coisa feia, e pra soltar do arranha gato, o troço gruda a gente pela camisa, braço, pescoço... Jesus!!O Beto conseguiu arrancar o guidon nas pernas, aí começa aquela labuta de arrumar a bike pra continuar descendo, nisso passa outro mutante da equipe Charles Xavier...

Arrumamos a bike e ainda tinha mais uns 2 morrinhos dos bãos.

Quando acabei de subir não tinha mais ninguém do meu lado, o Beto e trupe tinham ficado pra traz, mais eu sabia que São Pedro tava ali comigo, afinal tava já dentro do terreiro do camarada.

Não tinha outro jeito tinha que descer, a subida foi alucinante, mais a descida dava medo! Era horripilante olhar pra baixo. A estrada cheia de curvas e cheia de ribanceiras, se errar a curva, pode acender uma vela, fazer um cruzinha e chamar a família pra velar ali mesmo, não dá pra ir buscar não, nem compensa.

Bom, acabei de descer, na ultima curva to eu com a maquina fotográfica na mãe direita, a mão esquerda no guidon e na minha frente uma porteira fechada!

Bicho que porrada bunita, dei uma orelhada naquela porteira que até hoje to com dificuldade pra escutar.
Acabei de chegar a Laranja da Terra com o tempo de 5:26min.

Bom minha esposa estava esperando, fui pro hotel, banho, almoço e buteco.

A noite na cidadezinha uma festinha, um forrózinho e coisa e tal, foi super bacana mesmo.

Segundo dia... EU MATUTANDO A REVANCHE...
( continua...... vide 2° Dia Sport )

Afoldo G.M.

Relato: do "muleque" Renato G.

Bom, o "Susu'' começou mesmo na quinta a noite, quando estava arrumando as coisas pra sexta ir pras Laranjas. Foi complicado pra dormir, pela ansiedade da primeira competição, e pá. Ai lá pelas 2h da manha dormi. Acordei as 09h e só as 12h eu parti. Na viajem já lá por pedra azul a fome bateu e eu e pai paramos e almoçamos num restaurante novo lá, bonito e de comida caseira, nossa, que delicia, peguei quase 800 gramas + suco + sobremesa + os casadinhos que comi no 1º dia. Chegamos a LDT lá pelas 16h. Colocamos as coisas no quarto e fomos dar uma saidinha e encontramos Marcelo, Adriano e o Thiago. Conversamos e pá. Fomos pro hotel denovo.

Já lá pelas 19h sai para dar uma volta com meu pai até que encontrei a galera no restaurante e por lá ficamos. Pedimos uma pizza de portuguesa deliciosa, no qual meu pai comeu 25% e eu 75%. Mas ele alegou ela estar muito salgada, mas tudo bem, nem percebi. Ele foi pro hotel fiquei lá e ainda comi um belo prato de macarrão + feijão + arroz + ovo frito + refrigerante + alguma coisa que nem lembro. Pra dormir foi complicado por causa da ansiedade.

Já no dia do `'Susu'' acordei tomei o café da manha no hotel e pá , coloquei tudo no camelback e por supresa tinha umas 67276217527641 garotas gritando feito doidas eu ignorei, achei que não era comigo, nisso fui pro Ginásio e lá tinha um delicioso café da manha, nossa, filé, quero dizer, pão, bolo, suco. O pratinho até tava pesado e aproveitei que fiz uma mesa com plaquinha pra não ter que carregar bike e o prato. Comi tudo.

Partiu e foi dada a largada e os mutantes já sumiram da vista e eu fui no meu ritmo lá e pá. Ai no caminho fui indo e parei pra comer um pouco, pois a fome deu uma engrossada ai até que fui encontrando a galera do Trilha ( Beto, Adriano, Adolfo e Carlos ) e fui indo com eles.

Tinha os pontos de reabastecimentos, que era aonde tava as meninas, só que tava indo na boa e água tava sobrando, até parei uma vez com Adriano e Adolfo.

Segui e pá, ai Beto e Adolfo adiantaram um pouco e sobrou Adriano e Carlos, subimos o 5 pontões inteirinho sem chorar. Chegamos lá em cima, nossa , que visual e que descida assassina ! ! ! ! Se errar uma curvinha, baú baú. Pena a bateria da câmera do Adriano ter acabado a bateria, mas descemos, nossa, que descida deliciosa e longa mas rápida também. Descemos e paramos num outro ponto de reabastecimento, repus a água comi banana e pá e fomos.

Faltava apenas 30 km. Ai eu tava na boa, não tava nada doendo e pá, seguimos.

Ai encontrei Thiago e ele falou que faltava 9 km, nossa e que precisão, ai já no finalzinho vi o Siqueira cansadão e cheio das câimbras, ele ainda tentou me alcançar, mas não conseguiu. No meu Qtaye deu 9.3 km

Fim do Susu no primeiro dia. Fiz em 6:01, Adriano 5:59 e Siqueira 6:03
Fiquei ali com o grupo no boteco pondo o papo em dia, bebendo um refri e tal, fui com Manoel e Siqueira lavar as bikes no posto, lavamos e voltamos. Fui pro hotel e fui tomar um banho e pá, a água cinza!!!. Fui lá e almocei igual um boi. Ai até a noite eu não lembro o que eu fiz, não lembro mesmo. Lá pelas 20:00 eu + o grupo fomos pro restaurante e pedimos um macarrão que vou te falar uma delicia e o preço???? Achei que ia ser uns 30 reais cada prato e quando fui ver deu 10 reais com a bebida.
Deu vontade de dar até mais.

Fui pro hotel e foi uma facilidade pra dormir que vou te contar, dormi rapidinho acordar cedo e dormir tarde da nisso.

Renato G. (15 anos)

Relato do companheiro Evandro A. de O.

Antes de relatar sobre o ‘Sussu’, como sou novo no grupo, gostaria humildemente de discorrer sobre como comecei no mtb até conhecer o Solimar, que me falou sobre o Survivor Trip Trail 2010 e me incentivou a participar desse maravilhoso evento.

Pratico Mountain Bike a quase três meses. Convenci minha esposa a investirmos em uma bike para sairmos um pouco de casa nos fins de semana, viajar e conhecer novos lugares e amigos. Como não conhecia bem os equipamentos, resolvi ir a uma loja especializada em Vila Velha.

Ao comprar a bike no dia 08 de maio de 2010, disse ao mecânico Rafael da RG Bikes que gostaria de fazer alguns pedais para aprender as técnicas do mtb. No nosso primeiro pedal, foram + ou – uns 50 Km entre a Rodovia do Sol e a BR101 e quase que morro nesse dia, caí feio e cheguei em casa destruído. Foi uma experiência tão intensa, que fiquei impressionado com a adrenalina do esporte e resolvi encarar esse desafio.

Depois, fui como expectador ao XTerra de Pedra Azul, foi lá que eu gostei de vez, mas percebi que teria que me preparar melhor para o mtb antes de participar de qualquer competição. Continuei andando nos fins de semana em um circuito que faço próximo ao sítio do meu pai, de Alto Pongal – Anchieta até Cachoeira Alta – Alfredo Chaves. Andei também no Morro do Moreno em Vila Velha com o Rafael que me passou algumas técnicas de downhill.

Foi então que comecei a pesquisar na internet sobre mtb e achei o site Trilha Capixaba e sua comunidade no Orkut. Marquei um pedal com o Solimar para subirmos a Serra de Roda d’água em Cariacica, o pedal foi no dia 26 de junho de 2010 e por coincidência o Solimar é meu vizinho em Ilha das Flores, Vila Velha. Ele me disse que iria treinar para uma competição em Laranja da Terra e que iria ser muito legal. Eu decidi ir também e aí começa o meu primeiro ‘Sussu’ que espero seja o primeiro de muitos...

Chegamos sexta-feira dia 23/07 a Laranja da Terra, eu, minha esposa e o pessoal que estava no carro com o Solimar. Apresentamo-nos, jantamos todos e fui logo descansar da viajem na Pousada da Dona Glória. No dia seguinte, 24/07 acordei às sete horas e fui tomar café no Ginásio de Esportes da Cidade onde aconteceria o Congresso Técnico.

Peguei o meu kit e a plaqueta com o número 58 que até hoje não tive coragem de tirar da bike. Mesa farta e hospitaleira e logo aquele lugar foi ficando familiar com a chegada dos bikers, foi nesse momento que percebi que realmente estava em uma competição de mtb. Durante o Congresso fiquei sabendo que no segundo dia o percurso seria o mesmo para todas as categorias.

Isso me deixou preocupado porque vinha de um estiramento no músculo do trapézio esquerdo e havia passado a semana fazendo fisioterapia e aplicando bolsa de gelo no local para me recuperar. Então optei por uma estratégia de andar bem leve no primeiro dia e, se sobrevivesse, iria forçar no segundo. Bem, as explicações do Thiago sobre o percurso foram muito válidas, principalmente sobre o almoço na escola antes da subida dos Cinco Pontões, pensei...morrer de fome eu não vou!

Terminado o congresso, um pouco de alongamento e me dirigi até a largada. Muito bom ver todos largando com as suas bikes e as pessoas incentivando. O início da prova foi tranqüilo, pelo meu ritmo não senti muitas dores, seguia a sinalização com cuidado e me alimentava sempre com as frutas que o pessoal do apoio entregava. Aos poucos os outros atletas foram se distanciando e as subidas ficando cada vez mais íngremes. Devido ao terreno irregular o ímã do meu velocímetro desceu e o instrumento passou a não marcar direito, fiquei sem orientação sobre a distância percorrida.