Peripécias
do amigo Siqueira em Rondônia
30-04-2010
Galera hoje de manhã eu na porta do hotel alojamento após o café da manhã. Umas 06:30h.. Derrepente
chega um peão que ia consertar uns canos do prédio numa
bike tipo Barra Circular, Barra Forte novinha...vermelha... segue abaixo...... |
01-05-2010
Sábado 01 de maio, dia do trabalho e eu de folga que sorte. Acordei às 05:45h da manhã e vi que o sol tava começando a mostrar o céu com meia dúzia de nuvens ralinhas espalhadas. Tomei o Café da manhã do Hotel e aproveitei pra pegar um 10 pães de queijo (daqueles pequenos de microondas). Subi pro quarto e preparei minha “boroca”, os pães, duas garrafas de 500 ml de água mineral e uma de isotônico Marathon, duas barrinhas de cereal, CNH, Carteira da UNIMED, 50tão reals e um tubo de gás de pimenta...(Quero ver hoje aqueles dois cachorros FDP correrem atrás de mim). Desci e conferi a magrela. Tava lá do jeitinho que deixei no dia anterior... Vermelha igual uma Ferrari, mas andando a sensação é de estar num Landau. Saí do Hotel às 07:00h em ponto e fui pelo caminho que já conhecia. Em 01 hora cheguei à placa da Fazenda Nova Fronteira na encruzilhada. Hoje vou conhecer a Sede 1 a 32km. Já tinha andado uns 13km, não sei sem Qtay é difícil, então vou narrar pelo tempo OK. Sentei o Bambu que o sol tava de rachar e tinham poucas nuvens. Depois de uns 10 minutos tinha uma porteira que tava aberta, bom se ta aberta não tem problema né!. Entrei e tinha outra placa: Bem vindo a Fazenda Nova Fronteira. Era tudo o que eu queria ler. Sede 1 a 30km. Notei que as placas eram todas novinhas e padronizadas. O negócio é organizado. Pedala uns 200 metros num aclive leve nem tive de empurrar o “Landau”, aí cheguei num plano com a estrada retinha até o horizonte. Galera vcs tinha que ver o tamanho da plantação. Aliás, não deu pra ver onde acabava o trem. De um lado da estrada Soja (direita) e do outro Milho. Putz não dava pra ver as beiradas e não dava pra ver o fim da estrada Também. Também não tinha uma sombra sequer e o sol tava de rachar. A meia dúzia de nuvens sumiu. Vento zero. A estrada era chão batido com uma crista no meio típica de passagem de caminhões pesados. Olhei no relógio 08:25h. Comi uns pães de queijo, uma barrinha e água. Sentei o pé. Bem, foi um pedal sem graça. O Ponpom ia chorar pois não teve um morrinho, nada, altimetria zero. Não vi uma alma sequer. Teve hora que fiquei tonto de tanta soja e tanto milho. Não se tem um ponto de referência e é esqusito mesmo. O Bom é que o Landau andava bem no estradão, pneus sem cravo, sem usar o freio, aproveitei pra pedalar num ritmo “forte” e às 09:45h cheguei à sede 1 da Fazenda Nova Fronteira (Pô andei uns 30km a mais de 20km/h naquela bike de chumbo! Tô tão mal não!?!) . Vi um peão com uma farda Azul e um facão no cinto e fui logo dando bom dia e tal (mas fui levando a mão no tubo de gás por precaução). O Peão abriu um sorriso e me recebeu bem, perguntou quem eu era e o que queria, respondi e logo estava sentado na varanda da sede tomando um café com canjica de milho com o ele, o encarregado chefe e sua esposa (Sr. e Sra. Maritz) e outros dois trabalhadores da Fazenda. Pense numa turma hospitaleira. O Sr. Maritz é gaúcho. Falou-me que a Fazenda é uma Empresa na verdade e tem propriedades em Tocantins, Bahia, Paraná e outros estados. Produz soja, milho, gado de corte e leiteiro. Vi uma máquinas agrícolas grandonas com GPS e o carái. Profissional a galera. Aí o Sr. Maritz já mandou colocar a mesa pro almoço e.......Bem, imagina aí.....o cara me chamou pra ficar lá e só voltar no domingo dizendo que a noite eles iam fazer uma “carneada” de costela assada com cantoria gaúcha, me ofereceu roupa do filho, etc...Pô, quase fiquei, ainda mais quando apareceu a filha do Sr. Maritz (Uma gauchinha loira de olhos azuis de tirar o fôlego....), mas eu tinha que trabalhar cedo no domingo então ficou pra outra oportunidade. Saí de lá às 14:35h e a volta foi igual à ida, só que o tempo fechou. E como fechou, aqui o tempo vira rápido. Um ventão leteral que quase me derrubava. Fiquei feliz pela sombra e sentei a bota pra chuva não me pegar, mas não adiantou.... Peguei uma meia hora de chuvarada pesada e aí vi que o freio da Barra Circular na chuva é perigoso... A bike não para, quase bati num motoqueiro entrando na cidade. Cheguei às 17:45 naquele bar do dia anterior pra tomar uma cerveja e comer um churrasquim. De repente imagina quem apareceu..... A porra dos dois cachorros que me deram uma carreira na sexta. Os fiidumaégua balançando o rabo cheio de sorrisos pro meu churrasquim é mole..... Pô não tive coragem de jogar gás nos bichos então dei umas gordurinhas pra conquistar a confiança deles. Vai saber, pode outro dia eles me encontrar no estradão de novo né.... Mais
tarde fui dormir feliz igual pinto no lixo...Tirando a voltinha do dia
anterior foi o primeiro pedal depois de 23 dias...Agora vou poder dizer
que pedalei em Rondônia... Dentro da Amazônia Legal é
mole.... P.S.:
No domingo as pernas doeram, na segunda eu tava todo travado, só hoje ta melhorando... |