Relato

Participantes: Marcelo, Fernando B. , Ponciano, Célio , Raquel, Fernando P., Felipe Mineirim, Siqueira, Beto, Nilson e Solimar.

Depois de 16 anos o Célio combinou de nos guiar até a "verdadeira" Cachoeira Rasga Cueca, o caso é que eu(Marcelo) havia confundido com a Cachoeira de Sta.Rita.

Ponto de encontro marcado em Baia Nova, agrupamos e partimos. Breve parada na casa da D.Ilma, mãe do Célio e saimos da estrada principal rumo as cachoeiras.

Pneu do Felipe furado, câmara trocada e seguimos. Passamos da entrada para a Cach. Sta.Rita e..... pessoal é só subida, num momento técnica, noutro pedalável, várias poças com água onde não era possível saber a profundidade, assim em alguns casos a água cobria o movimento central e fomos tocando.

Chegamos na "verdadeira" Cachoeira Rasga Cueca .... S E N S A C I O N A L !!!

Não é "bem" uma cachoeira e sim uma corredeira, onde é possível escorregar descendo pelas pedras até um pequeno lago.
O Ponciano apelidou "skibunda"!! Que pode ser também "skirriga"!! se for de barriga para baixo. SHOW!!

Ficamos por ali um bom tempo (quem desejava ir embora??), mas tudo tem um fim, e nos aprontamos para partir.

Pausa no relato.
O pedal planejado era ir na Rasga Cueca, retornar, subir a ladeira agora denominada "Bonzela", antigamente era "Cruela", mas ficou boazinha depois que encaramos a subida de Cabeça Quebrada essa sim a "Cruela".
Em tempo: O Célio falou que existe(!) uma ladeira muito pior que ainda não conhecemos (hai!) ele a chamou de "Ruela" ... deve ser runha mesmo! Mas será uma outra história.

Bem, depois da "Bonzela" o pedal iria seguir o traçado no GPS, numa rota nova, próximo a Bom Jesus, e que iria descer até o sítio do Zucolotto.

Continuando o relato.
Quando estávamos prontos para retornar, o Célio falou que existe, ou existia, uma trilha em subida bem íngreme, acima da Cachoeira Rasga Cueca, bastaria empurrar a bike morro acima e pronto, já estaríamos na estrada para Bom Jesus.
Olhei no GPS e a estrada que o Célio falava era a rota que tinha traçado, e pelo GPS estávamos a uns 900 mts distantes dessa estrada, só que essa trilha é uma subida VERTICAL, e já sem caminho, nem single track tem, é dentro da mata fechada.

Como estava aproveitando o visual para tirar fotos e fazer videos, fui ficando para trás e a turma se diantanciando na subida. Cheguei num ponto que não avistava nem o pessoal e nem nenhum caminho visível.
Através do rádio comunicador o Ponciano me informou que o grupo estava subindo no meio do mato, com dificuldades e perguntou se EU já havia passado por um pequeno córrego.

Córrego? Não tinha visto nada parecido..... e na minha frente somente tinha um pasto BEEEM inclinado e cheio de grandes pedras pretas.
Acima do pasto, no alto, uma mata e depois, MUITO alto, uns eucaliptos .... eu divagando por onde subir e vem a notícia pelo rádio: "Marcelo, não sobe não, metade do grupo vai ficar aqui parado e a outra metade vai tentar subir, pois o negócio está feio, se o grupo avançado conseguir chegar na estrada, o restante sobe também."

O Ponciano passou o rádio para o Siqueira que junto do Célio, Raquel, Solimar e Felipe iriam tentar chegar na tal estrada, só que em condições BEEEM adversas para chegar lá.

Bem, parado estava, parado fiquei olhando a paisagem, ... só que uma coisa me chamou a atenção... distante havia um morro de pedra e por algumas vezes aparecia um flash de água por trás dele, ae lembrei que o Célio havia comentado ... "acima da Rasga Cueca existe uma outra cachoeira, muito maior, chamada de Cachoeirão"..... será que era??

Para poder ver o outro lado desse morro teria que subir o pasto na minha frente, que não seria uma tarefa fácil, mas vamos nois, deixei a bike e .... sobe sobe sobe, desvia de pedra, desvia de pedra, sobe sobe sobe, o mato estava alto ae lembra de cobra, esquece de cobra e sobe sobe sobe, desvia de pedra, lembra de cobra, esquece de cobra e sobe sobe sobe...... UFA!

Cheguei no alto do pasto e pude .... deslumbrar, admirar, o queixo caiu!!! .... ao ver de frente o tal de Cachoeirão. Uma cachoeira de uns 60 ou 70 metros.... a água quase em queda livre, SHOW!!!!!!

É difícil de descrever, só indo lá..... nesse momento tem que agradecer o Pai por proporcionar estar num local, que infelizmente poucos estiveram e poder observar o Cachoeirão.
Pausa para respirar e comecei a fazer uns videos, quando fui fazer as fotos ... a máquina quebrou!!!! Fiquei pu&%$to, mas depois lembrei que dessa maneira, era mais um motivo para um dia retornar, registrar o Cachoeirão em fotos, assim.... tranquilo.

No rádio o Siqueira informou: "Marcelo avisa ao pessoal para retornar, pois a coisa na subida está cruel (ufa), tensa (ufa), tá foda(ufa), nós vamos até a estrada de qualquer maneira agora(ufa), mas não compensa(ufa), pede para o pessoal retonar(ufa)."

Pessoal??? Que pessoal? Tava ali há um bom tempo e não tinha avistado ninguém.
Desci pelo pasto até a bicicleta, esperei um pouco e resolvi retornar, na descida mais na frente encontro o Ponciano, Fernando B., Nilson, Beto e o Fernando P. , né que havia um cotovelo na estrada e EU tinha passado reto na subida, assim acabei indo por outro caminho, sorte(!) pois se não tivesse me perdido não tinha encontrado o Cachoeirão!!!!!!!!!!!!!

Tropa reunida, resolvemos abortar a subida da Bonzela e ir para o Sítio do Zucolotto, pois lá reza a lenda que tem umas cervejas geladas, assim fomos conferir!!

Avisamos o Siqueira pelo rádio do nosso novo plano.
Cabe o registro, na descida o companheiro Fernando P. comprou um terreno, ou seja, tomou tombo, capote voador e saiu rolando morro abaixo sem bike... mas nada grave, só uns arranhões.

Chegamos no Sítio Zucolotto, cuja energia, engrenagens, motor da churrasqueira, tudo... é movido a água(!), vale conhecer, avisamos o Siqueira pelo rádio, sinal já estava bem fraco, que chegamos no sítio .....
... ele(s) ainda estava no sofrimento da subida, tinha acabado de pisar num formigueiro gigante!! rssss

Ficamos ali no sítio até os desbravadores da subida chegarem, conseguiram ir até a estrada, desceram a Bonzela e foram para o sítio.
Todos reunimos dessa vez e voltamos para Baia Nova, num pedal que o relato foi maior que a distância pedalável .... rsssss

Em Baia Nova ainda ficamos MUITO tempo no papo furado e tomando umas geladas, pra quem não iria pegar no volante é claro, quem estava dirigindo ... só refrigerante! (snif)

Abraços e Bons Pedais ... até o próximo!
Marcelo Ronchi